Como gerar bons resultados com poucos recursos

Estimular a autonomia dos funcionários é uma das dicas

Trabalhar com menos recursos e buscar soluções criativas são iniciativas importantes nos negócios, ainda mais em períodos nos quais os efeitos de uma crise ainda estão por perto. Segundo Scott Sonenshein, professor de gestão na Rice University e autor do livro “Stretch – O poder do menos, o segredo da alta produtividade”, é posição se manter aberto à inovação e gerar bons resultados com poucos recursos. “O sucesso não está baseado na quantidade de recursos que se têm, mas na forma como aproveitamos o que temos disponível”, afirma.

Confira cinco dicas de Scott Sonenshein para ser produtivo mesmo em períodos complicados.

  1. Abrace as restrições para libertar a criatividade

Um exercício proposto pelo professor é pensar em abundância e depois em escassez. A conclusão, segundo ele, é que o subconsciente influenciará seu raciocínio. Os melhores e mais inovadores resultados costumam surgir quando há escassez de recursos. Com isso, ter um orçamento limitado pode impulsionar a criatividade para concluir um projeto. Com isso é possível pedir um pouco menos de dinheiro, auxílio e tempo, e ainda ser mais produtivo.

2. Aproprie-se

Durante a grave crise de 2008, o professor observou uma empresa que continuava crescendo e percebeu o segredo daquela companhia: existia ali uma cultura organizacional capaz de estimular o sentimento de posse e a autonomia dos funcionários para resolver problemas e implantar ações inovadoras. A dica, portanto, é criar na empresa uma cultura de propriedade, incentivando os funcionários a criarem projetos e processos que irão mantê-los motivados.

      3. Estranhos resolvem problemas

Na visão de Sonenshein, é essencial diversificar as experiências da equipe. Por exemplo, participar de conferências de outros setores, incentivar os membros do seu time a interagirem com estranhos e aceitar diferentes tipos de projetos. Ao contratar um funcionário, recomenda o especialista, peça que ele compartilhe suas vivências para impulsionar novas ideias.

       4. Defina expectativas maiores

Somos capazes de criar expectativas e isso deve ser utilizado de maneira positiva. Por exemplo, quem ouve alguém falar mal de um funcionário novo, absorve aquela impressão e passa a associá-lo a um rótulo ruim. Scott chama esse comportamento como atribuição de erro. “Quando enfatizamos o lado negativo de uma pessoa, atribuímos o problema a ela. Mas quando destacamos o positivo, conseguimos definir expectativas que nos inspirem a ser tão bons quanto ela”, diz o professor. O primeiro passo é não rotular negativamente as pessoas, na sequência defina expectativas maiores, porém possíveis de serem atingidas.

        5. O sucesso deriva da ação, não do planejamento

Para ter sucesso, destaca Scott Sonenshein, é preciso reconhecer que podemos agir de forma espontânea. “Gastar bilhões de dólares com planejamento estratégico gera resultados ruins. O improviso é que leva ao aprendizado e impulsiona o sucesso”, afirma. Planejar o incerto, na ótica do professor, é perda de tempo. “Em vez de fazer projeções para o futuro, seja ágil e preciso improvisando pequenos experimentos no presente”, recomenda.

 

Fonte: Época Negócios

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